O que é Criptografia?

Para trocar mensagens na Internet de forma mais segura utilizamos criptografia. A criptografia é uma forma de codificação da mensagem original, assim, caso ela seja interceptada por alguém de forma indevida, sua leitura é dificultada, já que a combinação para “traduzir” a mensagem está nas mãos das pessoas que originalmente trocaram estas informações: o remetente e o destinatário.

O termo tem sua origem na mistura de duas palavras gregas: Kryptós e Gráphein que significam, respectivamente, oculto e escrever. Não é uma técnica recente, que tenha surgido com os computadores atuais que conhecemos. Há registros de uso de criptografia em grandes guerras ao longo da história e até mesmo no antigo Egito.

Voltando à Internet como conhecemos hoje, você já reparou que do lado esquerdo dos endereços na Internet geralmente há um cadeado verde? Este é um exemplo de criptografia, o HTTPS. Em comparação com sites que possuam o cadeado laranja ou mesmo vermelho, ele garante que as informações serão encriptadas – como senhas e dados de cartões de crédito em uma compra online – visíveis apenas a quem interessa. O HTTPS utiliza uma porta diferente do HTTP para a comunicação, a 443, e através da conexão criptografada, verifica a autenticidade do servidor por meio dos certificados digitais.

O segredo da comunicação está nas chaves criptográficas, conjunto de bits que executam o “embaralhamento” das informações e as traduzem de volta posteriormente. Um remetente pode utilizar um mesmo algoritmo (método) para vários destinatários, e cada um receberá uma chave diferente – todas capazes de traduzir a informação final. Existem chaves de diversos tamanhos, mas quanto maior o número de bits associado à chave, mais segura ela tende a ser. Por quê? Bem, vejamos uma chave de 64 bits – 2^64 (dois elevado à 64) são 18.446.744.073.709.551.616 chaves que podem ser utilizadas para esta comunicação. Quais as chances de um invasor acertar a combinação correta? E normalmente as chaves atuais já operam entre 128 e 256 bits.

Existem vários modelos de criptografia disponíveis hoje em dia. A encriptação trasnport layer security (TLS), por exemplo, protege os dados em movimento – enquanto eles transitam do seu aparelho celular até o servidor de mensagens de um chat. E o caminho contrário, do servidor do aplicativo de volta ao seu aparelho. A criptografia, porém, não protege seus dados se o provedor de serviços (neste exemplo, o provedor do chat) sofrer uma invasão, pois lá os dados estarão desencriptados. Outro exemplo que utiliza essa proteção são algumas soluções de VPNs. Uma rede privada virtual, um túnel de comunicação para proteger o seu tráfego de dados de seu provedor de Internet.

Algumas aplicações como o WhatsApp, por exemplo, utilizam encriptação de ponta-a-ponta – que não apenas protege a mensagem durante o trânsito, mas garante que ninguém, inclusive o aplicativo pelo qual você está trocando mensagens possa ler seu conteúdo.

Nota: A segurança das informações requer ações conjuntas. Ajude a criptografia e lembre-se de manter seu computador e programas sempre atualizados para deixar suas informações ainda mais protegidas.

Artigos relacionados